segunda-feira, outubro 03, 2011





MARKETING



























































































sexta-feira, setembro 09, 2011





terça-feira, junho 21, 2011

segunda-feira, junho 20, 2011

segunda-feira, abril 12, 2010

domingo, abril 04, 2010











sexta-feira, setembro 05, 2008

Lê aí Beatriz! Ou seja lá qual for o seu nome!

Resposta do Scrap:


Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk'



Matou-me de rir!
Na boa... tu é comédia!
HIAUSHIUAHSIUAH'


Primeeeeeeiro...
Caraa, é a segunda vez q vc me manda scrap, eu simplesmente queria responder, ne xuxuu! Mas parece q do outro jeito funcionou, então não precisa! (y)
Seguuuundooo...
Graciiinhaa, num tenho nada com ele meu bem!!
Hahaha
Ri muito com essa!
Era mais facil eu ter mandado uma dessas para você, afinal, foi você quem se doeu toda pq passei aí, ne! [;)]


Então meu bem... vai ciscar noutro canteiro, que este aqui num aceita seu tipo de currículO! (y)²

Qualquer dia a gente se esbarra pessoalmente... aí num vai ter nada bloqueando uma resposta, ne! ;D

Beijocas!

segunda-feira, julho 21, 2008


O problema de resistir a uma tentação é que você pode não ter uma segunda oportunidade.

segunda-feira, março 03, 2008

(Encontro entre Parêntesis)


Ele: E aí, tudo bem? Você parece ótima!

(Como tá diferente, deve ter arrumado outro...!)

Ela: Tudo ma-ra-vi-lho-so! Se melhorar piora. E você?

(Pretensioso! Certamente esperava me encontrar um bagaço, com seu nome escrito na testa.)

Ele: Eu? Vou bem! Vou muito bem, sim! Os negócios estão dando certo. Tenho viajado bastante e a analista me liberou. A vida é bela!

(Nem morto digo que ando tomando Lexotan e que estou falido).

Ela: E a Ana? Vocês estão juntos? Afinal, ela foi o pivô da nossa separação.

(diz que não, diz que não... ave-maria, cheia de graça, rogai por nós... diz que não! )

Ele: Você se precipitou. Eu já falei que a Ana foi um mero erro de cálculo perdido numa noite etílica. Um caso sem importância. Um erro menor. Claro que não fiquei com ela. Estou dando um tempo p’ra mim. E está bom assim.

(Burra! Burra! Burra! Tinha que investigar meus crimes e estragar tudo? Veja como estou agora?... Não, não veja!! Te perdôo por te trair!)

Ela: Ah, pena... Depois de aplacados os ânimos, cheguei até a achar que a Ana era perfeita p'ra ti. Formavam um casal bonito. Achei que ela podia fazer muito bem p'ra tua cabeça.

(Me trair com aquela... como pôde? Escassos neurônios escondidos embaixo dos cabelos oxigenados, medíocre e ainda por cima metida a dona da verdade. Chega a ser insultuoso. Eu não merecia... Ufa! Eles não ficaram juntos! Sangue de Cristo tem poder!)

Ele: Mas não ficamos. E você? Namorando?

(Diz que não, diz que não... não vou agüentar ouvir, não vou !)

Ela: (Devo silenciar por alguns segundos para gerar suspense e dúvida.)

Ele: Ei ! Voou? Eu perguntei se estava namorando.

(Diga logo de uma vez, vadia! E acabe com minha tortura de macho ferido! )

Ela: Bem... hmmm.. Estou saindo com o Dudu, sabe? Ele tá a fim de me namorar. Eu não cortei de cara porque ele falou isso e depois cantou baixinho no meu ouvido: “Like the flowers need the rain, you know I need you”...Você sabe, né? Essa música do America sempre mexeu comigo. Aí fiquei confusa.

(Veja como gostam de mim, seu imbecil ! Veja como sou "gostosa", poderosa, vitaminada! Você não quis mas tem quem queira!)

Ele: Sem rodeios, gata ! Eu perguntei se você está namorando. Perguntinha simples. Sim ou não?

(Perguntinha simples o *&%&$!!! Piranha, safada! Meu cadáver nem esfriou. Oh, estou morto, como estou morto! Logo com o Dudu! Aposto que deu p'ra ele!)

Ela: Ah, sim.. então... como eu ia dizendo, a questão é essa: ficamos em stand by . Nada decidido ainda. Amanhã a gente se resolve. Estou vivendo o presente!

(Pobre Dudu, grande bro... Virou noites aturando meus porres, no pior desta minha lama, me ouvindo pronunciar teu nome pelo menos umas trocentas vezes por hora... E era eu que cantava alto, pagando o maior mico: “Like the flowers need the rain you know I need HIM”!!)

Ele: Mas tinha que ser logo o Dudu, meu amigo?

(Opa!! Dei bandeira! Conserto na próxima frase.)

Ela: Por que? Isso importa?

(Cínico! Deve estar pensando na sua honra de macho bem sucedido, que vão dizer que foi corno!)

Ele: Não! Claro que não! Na verdade, é melhor que fique com alguém que já conheça. E o Dudu é um cara legal. Só pega um pouco o fato de ele gostar de pagode, né? Mas isso é um detalhe irrelevante. Imagine... ! E aquele jeito dele meio gay é só fachada. No fundo é uma grande alma, mesmo gostando de ler Paulo Coelho. Grande Dudu!

(Va-ga-bun-da! Isso só pode ser p’ra me provocar! Dudu, amigo urso! Detonei tua imagem, hihihihi.)

Ela: O Dudu é um charme! É... vamos ver ! Deixa rolar! Importa é que eu estou bem ! Virei a página! Le passé est mort !

(Como é insensível, my God ... Imagine se vou passar recibo de que ainda sou louca, arriada dos quatro pneus, por um egocêntrico que nunca se importou comigo e me fez de palhaça? É ruim, hein?)

Ele: Passou-me agora pela cabeça: “E se... e se... tivéssemos continuado, como seria?”

(Le passé est mort, né ? – Assassina! Ainda mata em francês, com a mesma pronúncia horrível. Não acredito, vou jogar essa para testá-la... )

Ela: P’ra que pensar em como seria? O fato é que não será! Sem chance! Passamos, você sabe...

(Estaríamos na locadora escolhendo filme, ou tomando sorvete Häagen Danz, ou nos beijando na fila do banco ou transando, ou transando, ou transando ou... transando. Disfarcei bem? Sim, porque nunca passou nem nunca passará!)

Ele: É, né? Passamos... É a vida... O amor quebrou. Mas eu tenho muito carinho por você.

(Eu te amo, porra!)

Ela: É.. o amor morreu. Mas eu também te quero um bem enooorme!

(Droga... Eu te amo!)

Ele: Se precisar de mim para alguma coisa, sabe que pode contar.

(Não sabe nada, não sabe nada...)

Ela: Hum hum. Obrigada. Mas fique tranqüilo que não vou precisar de nada não. Você sabe que estou bem!

(Não sabe nada, não sabe nada...)

Ele: Melhor eu ir andando agora. Onde está seu carro?

(Desapareça logo da minha frente, ó mulher implacável, p’ra não assistir ao dantesco espetáculo do meu desmoronamento!)

Ela: Estou a pé!

(Ufa... terminou... Agüentei bem, né? Agora é só apressar o passo sem olhar p’ra trás.)

Sem olhar p’ra trás...

Ele: Disse alguma coisa?

(Vai mudar de idéia?)

Ela: Nada! Só pensando alto !

(Disse sim, mas não fui ouvida: disse que não hesitaria em voltar, ao menor aceno seu de que me queria. Não acenou. Não vai acenar. Não me ama mais, nunca me amou... dane-se!)

Ele: Ok, então.. Até um dia! Se cuide !

(Resumo da ópera: não me ama mais... dane-se!)

Ela: Até...!

(...)

Na bolsa continuou intacto o CD do Pink Floyd, que ela deveria lhe devolver, motivo único deste encontro.

E quando ouvir Lulu Santos, vai se lembrar de mim...


A campainha tocou.

- Invasão! Vim passar o fim-de-semana com você!

Pego de surpresa com a informação intimativa, Vinícius se manteve perplexo à porta por algum tempo. Sem reação, olhava para Mariana. Tentava realizar o que aquela surpresa significava. E realizou: significava um Siroco no seu fim-de-semana, geralmente previsível.

- Oi ! Mas... assim de repente? Sem planos? Podia ter telefonado.

- Claro! Com planejamento não tem graça. Achei que precisava de mim. Vai me deixar aqui na porta, é?

- Ah... desculpe, Mariana. Entra aí. Não repara a bagunça.

Mariana foi entrando, muito à vontade, sala e vida dele adentro. Ia largando a bagagem pelo chão.

- Mas isso tudo para um fim-de-semana? O que tem nessas sacolas? Roupas? Mantimentos? Um arsenal de guerra?

- Ah! Un petit bagage!

Mariana tirava os objetos das sacolas, um a um, explicando-os de modo didático:

- Trouxe só o fundamental, veja:

o Três kits de bolhas de sabão, para enfeitar o ar, melar a casa e evocar a leveza!

o Dois dos nossos ídolos - Pinky e o Cérebro -, pois vamos dominar o mundo neste fim-de-semana!

o Isto, como você pode ver, é um carro conversível vermelho. Porsche, viu?! A réplica é perfeita. Lembro de você ter falado, em sua última crise, que só passaria a respeitar as mulheres que tivessem um carro conversível vermelho. Como não especificou o tipo de carro, então a miniatura está valendo. Logo, me respeite!

o Chocolates! Chocolates! Chocolates e mais chocolates!

o Ah! Isto é bom! CD do Lulu Santos! Aqui tem as melhores dele. Mas se espalhar por aí que eu ouço Lulu, corto relações! Todo mundo tem uma fraqueza musical, e esta é a minha. Coloca aí pra gente ouvir! No modo aleatório, por favor! Gosto sempre do imprevisível !

Ela me encontrou, eu estava por aí, num estado emocional tão ruuuuuuuim, me sentindo muito só!...” – faixa 05

Notando uma sacola menorzinha intacta, Vinícius observou:

- Tem mais aquela ali, a menor.

- Ah, essa é a menos importante. Algumas roupinhas básicas e uma sandália de salto bem alto, para te ajudar a lavar louça, se for o caso. Só lavo louça de salto alto. E não me pergunte por quê.

- Algum livro?

- Não achei nas livrarias nenhum Manual de Sobrevivência para Fins-de-Semana com Depressivos. Então trouxe As Mil e Uma Noites mesmo, versão do Cony, que não vou ler, mas deve servir. Sempre se leva um livro na bagagem, né? De preferência com títulos sugestivos. Lê-lo é o de menos.

- Se você quiser uma literatura de peso, posso lhe mostrar o diário que fazia aos 18 anos, quando eu achava que ia dominar o mundo. Mal tinha barba. Por falar nisto, acha que devo fazer a barba?

- Não. Gosto dela assim por fazer. Um jeito meio bicho de ser. É sexy. Acho que vou gostar de ver seu diário imberbe. Aumenta o Lulu Santos aí, vai !

“E não tem vacilo nem enganooooo que estrague nosso planoooooo... “ – faixa 03

Estavam sentados no chão. Ela já se sentia em casa. Ele ainda não, ainda que a casa fosse dele.

- Tenho uma mini-cama elástica. Veja!

- Pra que serve?

- Pra pular, ora ! Assim, ó ! – Vínicius deu uns saltinhos demonstrativos. Ela adorou aquela parafernália. Divertiam-se com pouco.

“ Faltava abandonar a velha escoooooola, tomar o mundo feito Coca-colaaaaaaa..” – faixa 10

Mariana suspirou e fitou Vinícius com alguma extemporânea seriedade. Dessas seriedades que sempre se metem a tirar súbitas e inúteis conclusões:

- Desculpe-me por invadir a sua vida assim, sem pedir licença, perturbando seu tédio e entrando em seu planeta com música, brinquedos e dança. Já sei, já sei, não tinha esse direito. Mas agora estou aqui, você vai ter que me engolir! E sem precisar comer! – sorriu, tentando manter o humor.

- Quisera que todos os invasores do meu planeta fossem um ET assim... – o tom de Vinícius era melancólico, tom de quem nada espera, tom de desencanto, de quem calou a capacidade de se surpreender.

Tudo o que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo, tudo muda o tempo todo no muuuuuuuuuuundo. Não adianta fugir nem mentir pra si mesmo, agora, há tanta vida lá fora, aqui dentro, sempreeeeeeeee, como uma onda no mar... “ - faixa 12

As horas passavam. Distraídos, não percebiam as mãos implacáveis do tempo. Só a distração permite tal façanha. Já era a terceira vez que o CD reiniciava.

- O que vamos fazer agora? Alguma idéia?

- Vamos ao supermercado?

- Vamos ! Está precisando reabastecer a despensa?

- Não! Mas vamos ao supermercado assim mesmo.

Fizeram a festa no supermercado. Obviamente, não era o lugar mais apropriado para se fazer uma festa, por isso mesmo a festa foi boa. Tinham essa afinidade, de não atribuir uma relação necessária de causa e efeito aos produtos bem (mal) acabados da civilização.

Na cozinha:

- Você precisa comer alguma coisa, Mariana - ele tinha esse ar fomentador, parecia do signo de Câncer.

- Não, acho que não preciso. Nunca sinto fome.

- Ótimo! Então vamos fazer bolinhos de chuva! Não precisamos da fome.

- Eu adoro! Você sabe fazer mesmo? Sempre desconfio de homens na cozinha.

- Você vai ver. Enquanto isso, coloca de novo o Lulu. Já virou trilha incidental.

“Eu não pedi pra nascer, eu não nasci pra perdeeeeer, nem vou sobrar de vítima das circunstâncias. Eu to plugado na vida, eu to curando a ferida, às vezes eu me sinto uma mola encolhiiiiiiiiiiiida... / E a gente vive juntoooo e a gente se dá beeeeem, não desejamos mal a quase ninguéeeeeem/ E gente vai à lutaaaaa e conhece a dor, consideramos justa toda forma de amooooor... Hey!” – faixa 01

- Estão ficando lindos! Depois lavo a louça, então! - colocou o salto alto para a nobre tarefa.

- Prova só!

Mariana saboreava os bolinhos de chuva, deliciada. Tinha todos os sentidos aguçados. Quase sentia fome.

- Hmmmmm... Foram os melhores que eu já comi! Nem a Nazaré fazia melhor. Nunca mais vou esquecer desses bolinhos de chuva ao pôr-do-sol.

- Quem é Nazaré?

- Nazaré é... deixa pra lá! Sinto uma imensa preguiça descritiva agora para explicar quem é Nazaré.

- Podemos sair pra dançar, vamos?

- Mas você não quer ficar em depressão? Eu não me importo, quero que fique à vontade. Sinta-se em casa. Não me trate como visita, sou invasora!

- Quero dançar!

- Tá bem! Então vamos! Saímos depois das onze então, né?

Vamos dançar, luzir a madrugadaaaaaaa, inspiração pra tudo o que eu viveeeeer...” – faixa 13

Danceteria lotada. Sentar, nem pensar. A banda que se apresentava tocava um repertório diversificado, que ia do rock à MPB. A princípio, dançavam timidamente, cada um pro seu lado. Dançavam. Dançavam. Dançavam conforme o ritmo e fora dele também. Não se importavam com nada, nem com dores, nem com glórias. Dançavam tão somente. E a banda tocou Lulu - até a banda tocou Lulu: “Um Certo Alguém”. Entreolharam-se. Continuaram dançando, agora de mãos dadas. Uma espécie de rito tácito de cumplicidade, coreografia de almas que bailam vaporosas no ar. Uma dança tribal, daquelas de trazer sol ou chuva.

“Quando um certo alguéeeeeeeem cruzou o seu caminho e mudou a direção, ôooo ôoooo ôooooo... Me dê a mão, vem ser a minha estrelaaaaa, complicação tão fácil de entender, vamos dançar luzir a madrugadaaaaaaaa .“

A música acabou, e com ela o ritual. Voltaram para casa. O asfalto das ruas era cheio de asfalto. E assim, já se tinha ido metade de um fim-de-semana, totalmente fora do roteiro. Dormiram. Não, não dormiram juntos. Não é assim essa história. Eram amigos. Amigos, cuja ligação não necessitava de definições ou de aproveitar momentos oportunos para dar vazão à libido.

“Não leve o personagem pra cama, pode acabar sendo fatal...” – faixa interna

Vinham de planetas diferentes. Diferentes e especiais. Eram Mariana e Vinícius, e não Mariana com Vinicius (ou vice-versa). Não nomeavam sentimentos nem sensações. Dois sensíveis marginais, meio puros, meio sujos. Dois perdidos num fim-de-semana limpo. Cada um com suas histórias, buracos, diferenças e indiferenças.

E ela me faz tão bem, ela me faz tão bem, que eu também quero fazer isso por eeeeeela...” – faixa 05

- Não se esqueça de desligar o som!

- Pode deixar!

“A vida é mesmo assim, dia e noite, não e sim... “ – faixa 08

O dia seguinte foi estranho. Um anacrônico calor de 40 graus e eles sequer percebiam. E desta vez não era porque estavam distraídos. Não percebiam porque estavam alheios; e estar alheio não é estar distraído. Esqueceram-se um pouco das brincadeiras, do Pinky e o Cérebro, da cama de pular, dos chocolates. Mariana nem usou as bolhas de sabão, rotineiras companheiras.

- Daqui a pouco vou embora. Acho que já abusei do direito de invadir, não quero colonizar.

"Prá você veeeeeeeeeeer, eu to voltando pra casa... Pode ser que o barco vire, também pode ser que não" - faixa 14

Ele falava pouco. Dizia muito. Mariana continuou, triste, como são os finais de festa:

- Vou deixar você aí com suas idéias fixas e voltar para as minhas. Este fim-de-semana foi só um intervalo, um parêntesis, umas férias para os dramas. Foi legal. Valeu! Desfixamos as idéias em uma minúscula partícula do tempo, e foi só isso. Não faltará Super Bonder para fixá-las novamente. Você tem urgência de voltar a sofrer, de afundar-se nos pântanos. E eu não tenho o direito de tentar lhe salvar de si mesmo. Melhor lhe salvar de mim. Acabou o parêntesis, e não haverá ninguém pra nos dizer: bem-vindos ao circo real!

Aqui sou eu sozinho, do outro lado não sei, não sei. SOS Solidãooooooo...” – faixa 02

Abraçaram-se, assim como se quisessem ficar presos ali, na ilusão de que a vida podia ser uma sensação de simples azul. Como se a escala de cinzas não os esperasse do outro lado da linha. Era um abraço aconchegante, de coração com coração, cuja força trazia junto uma indesejável certeza. A certeza de que a cena não se repetiria. Abraços falam, exclamam, riem e choram melhor do que qualquer manifestação sonora. Vinicius perguntou, já sabendo a resposta:

- Será que você volta para outro fim-de-semana?

- Acho que não. Vou precisar lhe detestar depois.

- Entendo. Talvez eu também precise.

Ele sempre entendia. Tinham a vantagem de não precisarem se explicar demais.

- Fique bem! Ou melhor, fique do jeito que quiser! Só não maltrate meus brinquedos. Se um dia nos tornarmos inimigos íntimos, eles vão servir para suavizar nossa fotografia existencial.

"Ainda leva uma cara pra gente poder dar risada, assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade" - faixa 11

- Não vai levar de volta o CD do Lulu?

- Não. Este é seu. Tenho um igual em casa. Pode me chamar um táxi?

Vinicius chamou o táxi por telefone. Levou-a até o carro. Não se olhavam muito. Despedidas davam vontade de chorar e não foram previstas cenas com lágrimas.

- Tchau então!

- Tchau! Obrigada e desculpa! - agradecer e se desculpar era contra a sua religião. Ela dizia isso para zombar de si mesma!

Da janela do táxi gritou:

- Não se esqueça de ouvir Lulu de vez em quando! Mesmo que seja pra se torturar!

Mariana chegou em casa perturbada. Indiferente aos pensamentos confusos, não procurou porquês. É sábio não vasculhar os porquês de situações perdidas. Uma hora depois, tomada de súbita inquietação, pegou o telefone. Não sabia bem o que ia dizer, mas sabia que era fundamental o que iria dizer. Oito chamadas, ninguém atendeu. Vinícius devia estar chorando em algum canto - era emotivo, de choro fácil -, ou então dormindo. Esta cena foi cortada do script. Mariana colocou o telefone no gancho e suspirou melancólica: - Melhor assim!...

“...nós somos medo e desejo, somos feitos de silêncio e sons, tem certas coisas que eu não sei dizer...” - faixa imaginária

Não mais se encontraram. Pior. Arrumaram uma fórmula infálivel de destruir toda e qualquer possibilidade de reencontro. A doce e profunda ligação interplanetária acabava ali.

“...Deixo assim ficar subentendido, como uma idéia que existe na cabeça e não tem a menor obrigação de acontecer... O que eu ganho, o que eu perco ninguém precisa saber...” - faixa imaginária

No futuro, já estranhos, distantes e pouco admiráveis aos olhos um do outro, ela diria, como quem lança ao ar uma profecia fatal, da qual também seria vítima:

- E quando ouvir Lulu Santos, vai lembrar de mim...

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Choque de culturas é desafio à criação da Microhoo!


Os funcionários do Yahoo!, acostumados a vestir camiseta roxa e jeans, podem em breve ter de passar a comprar camisas sociais e calças cáqui. Se a Microsoft conseguir comprar esse ícone da internet, a gigante de softwares enfrentará o choque entre a cultura corporativa mais relaxada do Yahoo! e o ambiente de trabalho mais formal da Microsoft, onde mesmo reuniões casuais exigem o uso de PowerPoint.

Esse choque de culturas é apenas o primeiro dos desafios diante da Microsoft, caso a oferta de US$ 45 bilhões seja aceita. Antes de tudo, a Microsoft deve convencer os melhores e mais inteligentes executivos do Yahoo! a enterrar os anos de animosidade no Vale do Silício contra seu vizinho mais rico do norte e a trabalhar em conjunto contra um inimigo comum: o Google.

Saiba mais aqui.

Alguém imaginava uma coisa dessas?


Fidel Castro renuncia à presidência de Cuba após meio século no poder


As 11 regras de Bill Gates


As 11 regras a seguir são atribuídas a Bill Gates.

Segundo uma das fontes que achei: Bill Gates foi convidado por uma escola secundária para uma palestra. Chegou de helicóptero, tirou o papel do bolso onde havia escrito onze itens.

Leu tudo em menos de 5 minutos, foi aplaudido por mais de 10 minutos sem parar, agradeceu e foi embora em seu helicóptero.

Sendo boataria de internet ou não (só 5 minutos? uia), achei interessante postar aqui as famosas regras.

  1. A vida não é fácil — acostume-se com isso.
  2. O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo.
  3. Você não ganhará R$20.000 por mês assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.
  4. Se você acha seu professor rude, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você.
  5. Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.
  6. Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda com eles.
  7. Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são “ridículos”. Então antes de salvar o planeta para a próxima geração querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto — adorei essa!
  8. Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real. Se pisar na bola, está despedido… RUA!!! Faça certo da primeira vez!
  9. A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.
  10. Televisão NÃO é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar.
  11. Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas). Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar PARA um deles.

Falou o Tio Bill.

O Sonho



Sonhe com aquilo que você quiser.

Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.



Clarice Linspector

quinta-feira, janeiro 24, 2008



segunda-feira, outubro 29, 2007

EU



Voltei pra casa com a saia do avesso.
Pequenos sinais, evidências;
Esqueço sempre em algum lugar
Minha prudência.

Bom comportamento nunca foi meu ponto forte.
Minhas contradições se digladiam,
Sobrevivo de um instinto que me empurra
Para lugares onde moças não iriam...

Sou tantas, e a cada dia uma.
Quero da vida todas e mais algumas,
Ir fundo em todas essas personagens.

Gosto de descobrir todas as pessoas das pessoas,
E sobretudo gosto das pessoas
E é a elas que dedico essa viagem.

Cantando


Cantando agente inventa.
Inventa um romance, uma saudade, uma mentira...
Cantando a gente faz história.
Foi gritando que eu aprendi a cantar:sem nenhum pudor, sem pecado. Canto pra espantar os demônios, pra juntar os amigos.
Pra sentir o mundo, pra seduzir a vida.

Cazuza

segunda-feira, outubro 22, 2007


É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.
Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver




A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.


Mario Quintana


Recomeçar



Não importa onde você parou, em que momento da vida você cansou, o que importa é que sempre é possível e necessário "Recomeçar".
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo.
É renovar as esperanças na vida e o mais importante: acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período?
Foi aprendizado.

Chorou muito?
Foi limpeza da alma.

Ficou com raiva das pessoas?
Foi para perdoá-las um dia.

Sentiu-se só por diversas vezes?
É por que fechaste a porta até para os outros.

Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da tua melhora.

Pois é!
Agora é hora de iniciar, de pensar na luz, de encontrar prazer nas coisas simples de novo.

Que tal um novo emprego?
Uma nova profissão?
Um corte de cabelo arrojado, diferente?
Um novo curso, ou aquele velho desejo de apender a pintar, desenhar, dominar o computador, ou qualquer outra coisa?

Olha quanto desafio.
Quanta coisa nova nesse mundão
de meu Deus te esperando.

Tá se sentindo sozinho?
Besteira!
Tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento", tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu para "chegar" perto de você.

Quando nos trancamos na tristeza nem
nós mesmos nos suportamos.
Ficamos horríveis.
O mau humor vai comendo nosso fígado,
até a boca ficar amarga.

Recomeçar!
Hoje é um bom dia para começar
novos desafios.

Onde você quer chegar?
Ir alto.
Sonhe alto, queira o melhor do melhor, queira coisas boas para a vida. Pensamentos assim trazem para nós aquilo que desejamos.


Se pensarmos pequeno, coisas pequenas teremos.


Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar na nossa vida.


E é hoje o dia da Faxina Mental.

Joga fora tudo que te prende ao passado, ao mundinho de coisas tristes, fotos, peças de roupa, papel de bala, ingressos de cinema, bilhetes de viagens, e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados.
Jogue tudo fora.
Mas, principalmente, esvazie seu coração. Fique pronto para a vida, para um novo amor.

Lembre-se somos apaixonáveis, somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes.
Afinal de contas, nós somos o "Amor".

Se a trizteza vier...


Se a tristeza vier por qualquer motivo,
faça o seguinte:
Assopre o pensamento triste,
deixe escorrer a última lágrima,
conte até vinte.
Abra então a janela,
aquela que dá para o vôo dos pardais,
procure a luz que pisca lá na frente
(evite as sombras que ficaram lá pra trás).
Ao encontrá-la,
coloque-a dentro do peito de tal jeito,
que possa ser notada do lado de fora;
acrescente agora uma pitada de poesia,
do tipo que passa por nós todos os dias
e nem sequer consegue ser notada;
aumente o brilho,
com toda intensidade de que um sorriso é capaz.
A felicidade é o seu limite,
e o paraíso é você mesmo quem faz
Não se esqueça jamais disso e viva feliz!!!
Por mais que a tristeza seja intensa...
Viva feliz!!!

domingo, outubro 21, 2007

Tentação


Saberei que te esqueci quando conseguir ver seu orkut pelo dos outros sem entrar nele...

♥ Tнαyαทε:



Eu sei que você não me quer
Tem todo direito de amar quem bem quiser
Mas amor igual ao meu jamais vai encontrar

Não sei nem o que vou fazer
Se vou te procurar se vou tentar te esquecer
Já não tenho mais motivos pra viver
Encontrei nossa aliança chorei como criança
Mas a vida é uma dança e tenho a esperança
E talvez você ainda pensa em mim

Então me olha vem cá me molha
Não machuca um coração que morre de paixão
Nossa história de amor não pode acabar assim
Tive um lindo sonho em que você voltou pra mim

Ela e Ele


Ela queria ele, ele queria ela e outras; ela sofria, ele nem ligava; ela chorava, ele ria; ela falava, ele não ouvia; ele mentia, ela acreditava; ela o esperava, ele não voltava. ela queria coisa séria, ele só queria se divertir; ela demonstrava seus sentimentos, ele brincava com seus sentimentos; ela sorria pra ele, ele ria dela; ela acreditava em tudo que ele dizia, ele dizia o mesmo para αs outras; ela se iludia, ele alimentava a ilusão; ela espera por ele, ele já está em outra. ela ama, ele gosta; ela fazia tudo por ele, ele dizia não se contentar com tão pouco; ela achava que ia dar certo, ele tinha certeza que ia dar errado; ela queria pra sempre, ele só por um momento; ela se entregava, ele evitava; ela falava: eu te amo, ele apenas sorria; ela ficava por conteúdo, ele ficava por quantidade; ela procurava o príncipe, ele procurava a próxima. ela queria "O", ele queria "UMA"; ele descobriu que ela era A ÚNICA, ela descobriu que ele era só MAIS UM.

Coisas de Mulher


Que mulher nunca teve
Um sutiã meio furado,
Um primo meio tarado,
Ou um amigo meio viado?

Que mulher nunca tomou
Um fora de querer sumir,
Um porre de cair
Ou um lexotan para dormir?

Que mulher nunca sonhou
Com a sogra morta, estendida,
Em ser muito feliz na vida
Ou com uma lipo na barriga?

Que mulher nunca pensou
Em dar fim numa panela,
Jogar os filhos pela janela
Ou que a culpa era toda dela?

Que mulher nunca penou
Para ter a perna depilada,
Para aturar uma empregada
Ou para trabalhar menstruada?

Que mulher nunca comeu
Uma caixa de Bis, por ansiedade,
Uma alface, no almoço, por vaidade
Ou, um canalha por saudade?

Que mulher nunca apertou
O pé no sapato para caber,
A barriga para emagrecer
Ou um ursinho para não enlouquecer?

Que mulher nunca jurou
Que não estava ao telefone,
Que não pensa em silicone
Ou que "dele" não lembra nem o nome?


"Tem coisas que acontecem n a vida da gente que não tem explicação perdemos a chance de amar e sermos amados por medo, por "estar longe", por achar que as diferenças vão atrapalhar, ou a idade, mas esquecemos que um amor perdido jamais nos voltará e que a pior coisa no mundo é viver sem um amor."


"Há momentos na vida, em que se deveria calar e deixar que o silêncio falasse ao coração, pois há emoções que as palavras não sabem traduzir!"